A Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) apresentou nesta manhã, através de uma coletiva com o presidente, Flávio Roscoe e a gerente de economia, Daniela de Brito, em sua sede em Belo Horizonte – e também via Youtube – o balanço anual e as perspectivas para 2021. Em um ano atípico pelas consequências do Covid-19, a entidade indica uma retração de 3,9% no PIB de Minas Gerais. Mesmo com os números negativos, Roscoe destaca a retomada muito rápida e além do esperado, “se olharmos os meses de março e abril o cenário era devastador, não apenas pelo ponto de vista da pandemia, mas também das incertezas de qual seria o impacto na econômica mundial. Hoje vivenciamos uma situação mais favorável que a inicial projetada”.
Na oportunidade o presidente elogiou os esforços conjuntos para que o momento econômico fosse menos pior do que se imaginava no inicio da pandemia. “Mostra que quando se atua em conjunto e com diálogo entre as esferas, conseguimos influenciar e impactar na vida das pessoas. Diria que este é um legado do Covid-19, de maior abertura aos diálogos, comunicação atuante e entendimento entre varias frentes. Isso minimizou consequências para diversos setores”, explanou Roscoe, que vê uma demanda reprimida em vários segmentos que poderá ser atendida em um curto espaço de tempo, o que justifica seu otimismo para o ano que chega. A Fiemg estima um crescimento de 3,6% no PIB e alta de 6% na indústria.
“Os juros baixos vão permitir uma revolução de investimentos. Já estamos vendo isso, aqui em Minas Gerais estamos tendo anúncio recorde de investimentos e o setor industrial vem ‘bebendo’ nisso. Tenho dialogado com vários empresários e o cenário é bastante otimista. Quase todos na totalidade dos segmentos estão com plano de investimento robusto, o maior dos últimos anos, e isso vai ser transmitido para a economia. Vai conter um pouquinho o choque inflacionário e a própria redução e desvalorização cambial recente vai ajudar”, comemorou o presidente da entidade.