Rocinha (RJ), comunidade do Sol Nascente (DF), Paraisópolis (SP), México 70 (Baixada Santista), Aglomerado da Serra (MG), Casa Amarela (PE), Baixadas da Estrada Nova Jurunas (PA), Cidade de Deus (AM) e outras das 6.329 favelas, assentamentos e regiões periféricas do Brasil serão alguns dos possíveis cenários do Olhar Periférico Festival de Cinema. De 29 de março à 15 de junho, o Festival está com inscrições abertas para cineastas da periferia de todo o território nacional pelo site FilmFreeway.
Serão quatro mostras competitivas de curtas-metragens de até 25 minutos, produzidos a partir de 2019. Entre elas: Mostra Olhar Feminino, Mostra Olhar Diversidade, Mostra Olhar Jovem e Mostra Todos os Olhares, com curtas-metragens dirigidos respectivamente por mulheres, LGBTQIA+, jovens de até 29 anos e adultos.
A ideia é mostrar a periferia de todo o território nacional pelo olhar de cineastas que moram ou atuam nesse contexto social e conhecem de perto essa realidade, democratizando a sétima arte e revelando talentos.
De acordo com os diretores Monica Trigo e Eduardo Santana, o Olhar Periférico Festival de Cinema quer trazer a visão e o mapeamento das principais produções cinematográficas dos últimos anos do País. “A periferia sempre foi um lugar pulsante com todas as vertentes culturais, o samba e o funk vieram dos morros do Rio de Janeiro, o rap nasceu na zona sul de São Paulo. A periferia lança moda das roupas e acessórios ao bronzeado na laje. Existe uma energia criativa nos saraus, nos slams e nos eventos literários das periferias de todo país e uma quantidade gigantesca de filmes feitos por pessoas das ocupações, das quebradas, dos guetos, das favelas e comunidades dos Brasis, desta federação continental”, conta.